A endometriose é uma doença em que ocorre implantação de fragmentos de endométrio, em outros locais fora da cavidade uterina. O endométrio é a camada que reveste o útero internamente e descama mensalmente originado a menstruação.
O local mais comum de implantação dos fragmentos de endométrio é a região pélvica, onde ficam aderidos a uma ou mais estruturas como as tubas uterinas, ovários, bexiga, intestino e outros órgãos, e isso causa dores no período menstrual ou até mesmo fora dele.
Estudos demonstram que existe um atraso no diagnóstico de endometriose de até 7 anos após o início dos sintomas.
O principal sintoma da endometriose é a cólica menstrual, também chamada de dismenorréia.
Duas características dessas dores são muito marcantes nessa doença:
A primeira é ser uma dor progressiva, cuja intensidade aumenta e faz com que a mulher precise cada vez de mais remédios analgésicos para conviver com ela.
Outra marca da endometriose é que as cólicas costumam ser muito intensas.
Por esse motivo, muitas dessas mulheres demoram anos para iniciar o tratamento, acreditando que o que sentem é semelhante àquelas cólicas menstruais habituais. E esse atraso no diagnóstico acarreta consequências em sua qualidade de vida, desde dor para manter relações sexuais, chamada dispareunia, até mesmo infertilidade.
Quando a cólica menstrual é leve, melhora com analgésicos ou com pílulas anticoncepcionais e não se intensifica com o passar do tempo, provavelmente, trata-se da dismenorréia primária, a cólica comum na juventude. Porém, quando não há melhora, isso é um sinal de alerta para que as mulheres procurem seu ginecologista pois esta dor pode ser endometriose!
O diagnóstico é realizado na consulta clínica com médico ginecologista, com auxílio de exames de imagem como ultrassonografia e ressonância magnética e quando necessário cirurgia videolaparoscópica.
O tratamento tem como objetivo aliar os sintomas dolorosos e evitar a infertilidade, e inclui medicamentos analgésicos, anticoncepcionais, medicações hormonais e em casos em que houver indicação a cirurgia.
Por isso, no caso de dúvida consulte seu ginecologista!
FONTE: Endocrinologia feminina. César Eduardo Fernandes, Luciano de Melo Pompei, 2016
Dra. Ana Beatriz Matos
CRM-SP: 141-427
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